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Defender quem mais precisa

por Samuel Cardoso, em 16.10.13

De 20 em 20 anos decreta-se que a análise da sociedade feita pelo barbudo alemão está obsoleta. Contra a corrente, há quem faça por que ela seja, 130 anos após a morte do dito, mais actual que nunca. 

"Governo alivia carga fiscal para rendimentos mais altos", notícia de http://www.publico.pt/economia/noticia/governo-alivia-carga-fiscal-para-rendimentos-mais-altos-1609285

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publicado às 21:38


2 comentários

De Samuel Cardoso a 17.10.2013 às 10:32

Parece que afinal esta medida em particular já foi desmentida, não haverá alívio da carga fiscal para os rendimentos mais elevados. Peço desculpa pela informação errada.
Estou certíssimo que, só para provar que estou errado, nos próximos dias "cai" a queda do IRC e são anulados todos os cortes feitos em salários e pensões, reduzindo-se a dívida para metade. Até lá - e até "tudo o resto", até que sejam os trabalhadores e restante povo a decidir efectivamente a sua vida - deixem as mentes obcecadas dos marxistas trabalhar. É que são bem capazes de acertar em muita coisa...

De macacoi a 19.10.2013 às 02:42

A notícia pode ser errada mas a ideia geral não é. Um bom amigo que trabalha para o inimigo (na bolsa) diz-me que para os bancos é fundamental que os ricos e a classe mérdia, que continua a gastar ao nível ou acima das suas possibilidades, consuma, senão o que resta da economia colapsa. Os termos deles são sempre de fluidos, ele diz: a torneira está seca; é preciso que isto corra. Ou seja, é preciso que a população não perceba como funciona a economia e as finanças e é preciso que considere qualquer crítica ao sistema económico como uma coisa desses marxistas, ou dos comunas que comem crianças e isso. Por isso é necessário que periodicamente se renove essa ameaça que é o homem das barbas (não o da Lapónia) e que a palavra capitalismo seja um chavão que os comunas estão sempre a repetir. O aliviar dos impostos sobre os grandes consumidores serve este propósito também. A população, também no consumo, não faz ideia do poder que tem nas mãos, neste caso do poder do boicote a determinado consumo.

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