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"Por sua vez, se compararmos o dispêndio em salários das Administrações Públicas com o volume de impostos arrecadados, chegaremos à conclusão de que a totalidade da receita em IRS e IRC – os impostos pagos por trabalhadores e empresas, exceptuando, para efeitos comparativos, os que têm origem nos descontos dos funcionários públicos – não chegam senão para pagar 90% da folha salarial do Estado." (Documento da Reforma de Estado: Um Estado Melhor)
Há pelo menos duas coisas a dizer sobre este excerto, que está logo na página 12.
Primeiro: comparar a receita do IRS e IRC com o pagamento de salários do Estado sem contar com os funcionários públicos é estranho.
Pode ter duas explicações, em que nenhuma faz grande sentido.
A primeira é que este Governo não conta em ter funcionários públicos.
A segunda é que era a única maneira de chegar às contas que chegou. Aposto na segunda.
Segundo comentário: esta gente não lê os seus próprios documentos. Assumindo que a tentativa de exceptuar os descontos dos funcionários públicos não faz sentido nenhum, ponhamos os olhos no que diz a Proposta de Orçamento de Estado para 2014... Que apresentaram há duas semanas atrás.
Impostos Diretos 16.961.472.559
Despesas com o Pessoal 8 365 309 489
Nota para quem fez estas contas: os impostos diretos pagam duas vezes as despesas com o pessoal.
E se não for pedir demasiado, tentem tirar as conclusões dos resultados, não inventar resultados para as conclusões que desejam.