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"O Código Penal equatoriano proíbe o aborto, exceptuando casos em que a gravidez ponha em risco a vida ou a saúde da mulher ou quando a gravidez resulte da violação de uma mulher considerada idiota ou demente." (Women on Waves)
O presidente Rafael Correa deixou bem claro há uns meses atrás que nunca permitirá a legalização do aborto por esta ir em contra da suas crenças religiosas:
@Yuli_michu Soy católico y no permitiré el aborto, pero coherencia también significa respetar la libertad de pensamiento.
— Rafael Correa (@MashiRafael) December 3, 2012
O tema é controverso, mesmo dentro do próprio partido do Governo, como espelha este discurso de uma deputada de 'Alianza País':
Recentemente, algumas deputadas do 'PAÍS' decidem avançar com uma proposta de lei que pretende alterar a 'Lei do Aborto' e incluir na lista de excepções "Todas as mulheres vítimas de violação". Uma alteração ousada, como se pode perceber....
"Papa Rafa", dono e senhor dos vários orgãos de poder da República, ameaça demitir-se se as deputadas não retiram a proposta de lei, acusando-as de deslealdade e ameaçando-as com sanções e até com a expulsão do partido . Confessa-se "cansado de que se tomem decisões e que encham a boca para falar de democracia quando fazem exatamente o contrário." e reafirma: "façam o que entenderem, jamais aprovarei a despenalização do aborto."
Fieis devotas do líder, as outrora convictas defensoras da despenalização do aborto, resolvem "baixar a bolinha" e desistir da 'pequena reforma' à lei actual.
Por aqui afirma-se que "A Pátria já é de Todos". Aparentemente não é de Todas.
P.S.: Aproveito para também fazer publicidade a uma conferência sobre o "SUMAK KAWSAY" (Buen Vivir), já sugerida pelo Alex Gomes. Amanhã, no CIDAC.