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Máximas quase-kantianas sobre um manifesto

por carlos carujo, em 12.03.14

1- Filosofia do conhecimento: "uma reestruturação da dívida sem uma auditoria é cega assim como uma auditoria sem uma reestruturação é vazia".  

 

2- Ética: "assina sempre um manifesto como se o seu conteúdo se pudesse tornar lei universal num governo de esquerda".

 

3- Revolução copernicana: "até agora supôs-se que toda a nossa política tinha de se regular por objetos políticos como a «reestruturação da dívida» ou o «governo de esquerda» porém todas as tentativas de o fazer fracassaram. Por isso, tente-se ver se não progredimos melhor admitindo que os objetos têm de se regular pelo sujeito político, o proletariado."

 

 

Repetir 70 vezes: a condição de possibilidade de uma política de esquerda (e de uma reestruturação da dívida) é o controlo político democrático do proletariado.

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publicado às 14:35

 

O Daniel Oliveira decidiu dissertar sobre o novo sujeito político de esquerda. Parte do argumentário sobre a que eleitorado se deve dirigir uma alternativa para vencer, já foi dado pelo Hugo Ferreira em baixo.  Por isso, partilho só três interrogações que o novo sujeito ainda não respondeu. Talvez o Daniel nos pudesse ajudar. São sobre o programa. 

 

É a esquerda a culpada pelo facto do Partido Socialista ser responsável pelo começo da austeridade, das privatizações, da liberalização das relações laborais e do ataque aos serviços públicos?

 

Não.

 

É a esquerda responsável pelo facto do Partido Socialista não querer romper com o memorando, renegociar a dívida e defender o Estado Social e pelo contrário fazer negociações com a direita, assinar o tratado orçamental e a regra de ouro e dizer que é possível crescimento económico e austeridade?

 

Não.

 

E o que é que um novo partido de esquerda vai fazer de diferente? Vai romper com a austeridade? Vai renegociar a dívida? Vai devolver salários e pensões? Vai implementar uma reforma do sistema fiscal que permita ter um Estado Social mais forte?

 

Se a resposta é sim, relembro que o Bloco e o PCP já têm proposto há vários meses esse programa e o PS, invariavelmente, tem rejeitado essas propostas de forma categórica. Com quem espera o novo partido fazer aliança afinal?

 

Se a resposta é não, eu percebo que para algumas pessoas seja aliciante partilhar responsabilidades de governo com o PS, mas em que parte do programa está um novo partido disponível para ceder? Austeridade, a dívida, o estado social, os impostos, ou tudo ao mesmo tempo? 

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publicado às 16:13




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