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Se a Troika, por intermédio da Comissão Europeia do "patriota" Barroso, coloca em causa a integridade, imparcialidade e a independência do Tribunal Constitucional português na sua função de último guardião da Constituição da República Portuguesa;
Se a imperatriz europeia, Merkel de seu nome, entende que, apesar da legitimidade popular e democrática dos parlamentos nacionais, deve, ainda que por interposta entidade - as instituições europeias, leia-se o seu recreio-, controlar previamente os orçamentos nacionais;
Se o grande ideólogo daquela imperatriz, o «estupor» e «filho da mãe» Wolfgang Schaeuble, dois anos depois do saque e esbulho a que os povos do Sul da Europa - entre eles Portugal - têm sido sujeitos, continua a dizer que "vivemos acima das nossa possibilidades", referindo-se aos mais básicos serviços públicos - Educação, Saúde, Segurança Social, etc - e aos reduzidíssimos salários portugueses, e não ao gangstarismo ínsito nas PPP e na gestão de importantíssimas instituições financeiras portuguesas (BPN, BPP, BANIF);
Se o Governo de Portugal reconhece e dissemina a mentira colossal que diz que os portugueses trabalham menos do que a maioria dos europeus, em especial os alemães, e com base nessa falsidade "revoga" o Código do Trabalho e faz repristinar a Lei da Selva laboral do século XIX;
(...)
Dá-se um levantamento nacional contra o Governo e a Troika?
Não. A "malta", em especial a comunicação social mais conservadora, indigna-se é com o Blatter e com a FIFA. Entre a defesa da sua soberania - não de uma ideia geral e abstracta de pátria, mas de uma soberania com um substracto material que se chama legitimidade popular e democrática expressa, apesar de todas as suas imperfeições, em instituições políticas e judiciais - e o Cristiano Ronaldo - que não tem culpa que as coisas assim sejam, sublinhe-se-, os patriotas de ocasião preferem o segundo.