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publicado às 00:04

Na foto: Os Paços do Concelho de Loures costuma ter as luzes acesas 365 noites por ano, em 2013 só será alcançada a marca das 364 noites, porque na noite em que a CDU informou o ex-presidente socialista que ia realizar uma iniciativa na Praça da Républica, o edificio ficou completamente às escuras, nem luz de presença tinha.
 

Estranhamente nestes últimos dias pareceu que a questão política fundamental no nosso país era a atribuição de pelouros ao PSD na câmara de Loures, ganha pela CDU.

 

A CDU não tendo maioria absoluta, endereçou convites ao PS e ao PSD para que assumissem vereações na câmara, de forma a poder assegurar o regular funcionamento do município. O PS apresentou uma contra proposta, em que se atribuía importantes áreas na gestão do município, facto que levou a CDU a recusar, por tal pôr em causa a vontade de mudança expressa pela população de Loures no último acto eleitoral.

 

Esta situação não é nova, sendo habitual a CDU (e outras forças politicas) quando é força maioritária mas não tem a maioria absoluta, convidar outras forças políticas para assumirem pelouros. Assim tem acontecido nos mais diversos concelhos, nomeadamente em Almada, onde a CDU por diversas vezes já atribuiu pelouros a vereadores do PS ou do PSD. Esse facto não impediu que no essencial a CDU leva-se à prática o seu programa, nem impediu, que apesar de estar no poder desde que há eleições livres e mudando desta vez de candidato a Presidente, esta força política volta-se a ganhar as eleições, desta vez com maioria absoluta.

 

Porquê então esta querela à volta de Loures, o que é que ela tem de diferente?

 

Percebe-se que o PS, apesar de reclamar vitória no último acto eleitoral, tenha consciência das profundas derrotas que teve em concelhos importantes como Loures, Beja ou Évora e que por esse motivo tente de todas as formas, mesmo as mais mesquinhas, minimizar os prejuízos, fomentando discussões que ponham em causa a legitimidade das vitórias da CDU. Como aliás se pode comprovar pelo comportamento de António Costa, que nem convindou a CDU Para a Assembleia Municipal, ou noutros concelhos da margem sul, onde pura e simplesmente o PS recusou os convites que a CDU lhe fez para ocupar lugares nas Assembleias, numa atitude de clara hostilidade.

 

Percebe-se igualmente que quem desconheça a realidade autárquica ache estranho, é que transportar mecanicamente o combate político a nível nacional, para o plano autárquico, para além de contraproducente é não perceber nada das dinâmicas locais, não perceber nada do “país real”. Há autarcas de, todas as cores politicas, nos mais diferentes concelhos deste país, que têm protestado contra os diferentes governos (PS/ PSD/CDS) devido aos roubos praticados aos municípios pela (não) aplicação da lei de finanças locais, contra a falta de investimento nos seus concelhos, contra a falta de politicas de reabilitação urbana, pelo fecho de serviços públicos, postos de saúde, de correios, delegações de finanças, maternidades, contra a extinção de freguesias, etc, etc...

 

Daí o pensar que esta querela só pode ter duas razões de existir; ou ignorância da realidade autárquica, ou engajamento (consciente ou não) numa estratégia política, cujo beneficiário mais evidente é o PS.

 

Só para se ver o quão diverso é a luta politica a nível nacional do combate a nível dos concelhos, ver este comunicado do BE.

 

Só para ver quanto profundo é ódio do PS à CDU em Loures, ver este video.

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publicado às 20:16

TIVERAM MEDO!

por Olaio, em 21.10.13

 

 

Cada vez mais há consciência que a situação do país (e da europa) só se resolve com mais democracia, chamando mais gente para o exercício da cidadania, para o combate à troika. Há que unir, mostrar àqueles que sofrem as agruras dos lunáticos que nos governam, que não estão sós. Atravessarmos as pontes que nos separam e caminharmos juntos para mudar de política. Fazermos a ponte para um mundo melhor!

 

Quando a ideia de passar as pontes a pé foi lançada, começou desde logo por gerar uma onda de entusiasmo e de adesões, que ameaçavam tornar estas manifestações e principalmente a da ponte 25 de Abril, num acontecimento de fortes repercussões.

Foi o receio da imagem dessa manifestação e do seu efeito galvanizador no povo português e na europa, que fez tremer macedo e os seus correligionários do governo da troika.

 

Foi o receio dessa imagem, “uma ponte de cravos”, que fez com que o governo, à margem da lei, condicionasse a realização de uma manifestação legítima e ameaçasse os manifestantes com o uso da violência.

 

Neste quadro a CGTP optou por alterar a forma da manifestação, levando a que surgissem, como seria lógico, as mais diversas opiniões e criticas, nomeadamente que se deveria ter mantido o formato inicial e levar até às últimas o “braço de ferro” com o governo e a polícia de repressão; ou então, se já se sabia que esta situação podia acontecer (e era mais que provável num governo acossado e que demonstrou já que não hesita em infringir a lei), porquê então ter lançado a ideia para depois passar pela “humilhação” de recuar.

 

Começando por esta última critica, não avançar com a ideia porque era provável esta situação acontecer, era estar-nos a autocensurar, impedindo que o governo tivesse que assumir perante os portugueses e o mundo o seu caracter repressivo e antidemocrático.

 

Desde que a ideia foi lançada e durante mais de duas semanas, para além do entusiasmo que despertou na população, nunca uma manifestação da CGTP tinha sido tão falada e comentada na comunicação social, nunca nenhuma esteve durante tantos dias na “ordem do dia” e com ela, as razões que levavam os trabalhadores a vir para a rua protestar e com ela, a mensagem que cada vez mais portugueses percebem, de que este governo tem que cair, de que esta politica neoliberal tem que terminar!

 

Levar até às últimas o braço de ferro com o governo e continuar a mobilizar para a passagem a pé na ponte 25 de Abril, seria estar a cair na armadilha da violência que o governo montara, para que nas próximas semanas os comentadores do poder, quais comissários políticos, enchessem os meios de comunicação, com “demostrações” do carácter violento e destrutivo dos manifestantes, semeando receios e afastando da luta muitos daqueles que ainda hoje permanecem à margem do combate.

 

O carácter pacifico com que a manifestação acabou por decorrer, demonstra quem é que agindo democraticamente quer resolver os problemas do país e quem violentamente e à margem da lei, os quer agravar não hesitando para isso recorrer à violência.

 

O que ficou demonstrado é que o governo e a troika TIVERAM MEDO! Tiveram medo da dimensão que o protesto poderia adquirir, das suas repercussões. O fantasma da ponte passeava-se  pelos corredores de S. Bento e Belém.

 

Julgo que a apesar da frustração de ainda não ter sido desta que passamos a ponte 25 de Abril a pé, a manifestação da CGTP conseguiu um dos seus propósitos principais, atravessar algumas pontes que nos separam para trazer mais gente para a luta. Por esse motivo, a manifestação de dia 19 constituiu um grande dia de luta!

 

Dia 26, voltaremos a atravessar mais algumas pontes.

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publicado às 00:09




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