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"Los madrileños están acostumbrados a demasiada limpieza". A frase é de Ana Botella, alcaldesa de Madrid. Depois da ridícula figura que fez na candidatura da Cidade à organização dos Jogos Olimpicos que terminou com a escolha de Toquio, vinga-se agora nos madrilenhos. Se não se vão organizar os jogos olimpicpos, então para quê continuar a limpar a cidade?
Hoje é o oitavo dia da greve indefinida convocada pelos subcontratados trabalhadores de limpeza da cidade. As empresas (Sacyr-Valoriza, OHL-Ascan e FCC) responsaveis pela recolha de lixo e limpeza das ruas, anunciaram despedimentos que afectam 1144 trabalhadores (de un universo de 6000), reduçoes de salarios de 43% (um varredor de rua ganha à volta de 1100€), aumento de 35 para 40 horas semanais e o não pagamento de baixas laborais. Nenhuma novidade, a classica maximização de lucro à conta de despedimentos e redução de direitos dos trabalhadores.
E qual é a posição do Ayuntamiento em relação a tudo isto? É um problema entre trabalhadores e empresas privadas. Que se entendam entre si. Ao contrário dos Madrilenhos (os tais habituados a demasiada limpeza), Ana Botella está habituadíssima a viver numa lixeira moral (já que o seu esposo é nada mais nada menos que José María Aznar). E não me surpreende este total desprezo pelos habitantes de Madrid, já que a Alcaldesa de Madrid...nunca foi eleita como Alcaldesa de Madrid, substituíu Gallardón quando este foi nomeado Ministro da Justiça de Rajoy.
A verdade é que as medidas anunciadas por estas empresas são resultado de um convite informal que tem sido feito pelo próprio Ayuntamiento. Desde 2010 a despesa com limpeza da cidade foi reduzida em 27% e o novo contrato com as empresas subcontratadas (que começou há 3 meses) deixou de estipular um numero minimo de trabalhadores como estabeleciam os contratos anteriores. Estes factos são a verdadeira causa estrutural desta situação e desta greve.
Trabalhadores em greve, estou convosco. E já estou a juntar fraldas sujas para ir depositar em Cibeles.