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O economista brilhante apresenta a sua lógica incontestavelmente científica: o país já era pobre e fingia que era rico. Agora, com a crise, finge que empobreceu. A crise é afinal a história de um estranho país que é um fingidor. E que chega a sentir que é fome a fome que deveras sente.
A este movimento chama Bento "empobrecimento aparente”. E quando explica que "o país empobreceu menos do que parece" a frase soa parecida com aquela outra que dizia que "a vida das pessoas não está melhor mas a vida do país está muito melhor."
Falar neste "país", nesta "economia", neste "crescimento", ora aí está a política do fingimento que se agarra às abstrações pseudo-científicas. A pobreza que não é aparente, que não é fingimento, que é real, que dói mesmo, essa terá de encontrar uma outra linguagem.